UNIVERSO DE LETRAS

UNIVERSO DE LETRAS
Teatro das cores iniciais. A VIDA escapa da morte na beirada do caos.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

CACHOEIRA DE GUARÁ


CACHOEIRA DE GUARÁ

A velha cachoeira de Guará
marcou passo a passo
o compasso
e a espera
das minha ingênuas primaveras.

Nas pedras lavadas
do rancho
deserto
o certo e o incerto
sombreavam-se
no desenho das águas.

Minha juventude ainda dorme
em busca dos meus sonhos
de menino.
Minha velhice ainda conspira
com os fantasmas da represa
em suas imagens certeiras:
do Peixe na telha
e da mandioca frita
 na sombra do Dourado fisgado no anzol.
Deslizam-me os pensamentos
sobre as tarrafadas no final da tarde
onde nossos corpos queimavam-se ao sol.

Enquanto isso as águas frias do rio Sapucaí
banhavam a beleza da rica piracema...
E neste filme de antigas cenas
sobre Guará e suas telas serenas,
sinto saudades dos amigos,
apenas!

Nenhum comentário:

Postar um comentário