CACHOEIRA DE GUARÁ
A velha cachoeira de Guará
marcou passo a passo
o compasso
e a espera
das minha ingênuas primaveras.
Nas pedras lavadas
do rancho
deserto
o certo e o incerto
sombreavam-se
no desenho das águas.
Minha juventude ainda dorme
em busca dos meus sonhos
de menino.
Minha velhice ainda conspira
com os fantasmas da represa
em suas imagens certeiras:
do Peixe na telha
e da mandioca frita
na sombra do Dourado fisgado no anzol.
Deslizam-me os pensamentos
sobre as tarrafadas no final da tarde
onde nossos corpos queimavam-se ao sol.
Enquanto isso as águas frias do rio Sapucaí
banhavam a beleza da rica piracema...
E neste filme de antigas cenas
sobre Guará e suas telas serenas,
sinto saudades dos amigos,
apenas!
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