UNIVERSO DE LETRAS

UNIVERSO DE LETRAS
Teatro das cores iniciais. A VIDA escapa da morte na beirada do caos.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

BORBULHAS DE AMOR

BOLHAS Sub.: " VIDA E MORTE COM PRAZER" ______________________________ Nascem minúsculas Ágeis, sinistras. Instantaneamente sobem pelas paredes espumosas de um copo delgado - sobem-no velozmente. Felismente! Quanto mais espumantes, mais charmosas. Bolhas que trazem consigo, aromas diferentes, bolhas que transbordam-se na superfície: o mais curto caminho... São muitas! São milhares. E, por um instante, inteligentes, transparentes embriagadas pelo carinho dos lábios reticentes... São almas vivas exalando o crepúsculo do vinho. Encha o copo! Elegantemente, crepitante, espumante. Tome um pequeno gole, suavemente fumarola de borbulhas que se elevam e se desmancham num vai-e-vem constante calmamente e velozmente lançam no ar milhares de gotinhas douradas, carbonatadas, francesas... São inúmeras a suas franjas enfileiradas e douradas, douradas, douradas, douradas... brilhantes e douradas. Elas nascem, vivem e morrem instantaneamente... só para o nosso prazer. É a química liquefeita do verbo morrer e o glamour das celebrações ao anoitecer. As bolhas exalam-se na ascensão e no colapso com suas moléculas líquidas e agregadas. Bolhas que fogem do ninho geometricamente, teoremas, espumas, dunas, feito gás ou pensamento, "saem de fininho" e correm tão rápido- feito uma nave incandescente, louca e docemente projetada que vem liberar seus aromas e morrer dentro da nossa boca. Bolhas aromáticas enigmáticas centenas estrelas que estouram por segundo... Bolhas aquosas, ligeiramente ácidas. Bolhas charmosas borrifando-se pelos ares do mundo. Bolhas em gotas, gotas de amor. Bolhas opostas que molham nossos lábios e conectam-se em anéis - collerette - topcoat em flute cheio encantam-se os fiéis com seu recheio. Bolhas em sonhos, sonhos de amor. Bolhas apaixonadas que iludem-se ao glamour dos sábios. Bolhas miraculosas mais rápidas que o pensamento bolhas que exaltam em nossa alegria todo o borbulhar do esquecimento. Bolhas flutuantes -câmaras de ar - procuro sempre em seu estouro um sublime perfume - um paladar. Mas há sempre quem ganhe Guarde seu segredos na simplicidade e no frescor ou na sua intangível irreverência, na lembrança de quem perde... na presença de quem ganhe... a explosão e o explendor de um copo de champanhe! AVIENLYW - (15/2/2003)