UNIVERSO DE LETRAS

UNIVERSO DE LETRAS
Teatro das cores iniciais. A VIDA escapa da morte na beirada do caos.

terça-feira, 31 de maio de 2011

ENC: Polystell Online (nº 04)

 

Assunto: ENC: Polystell Online (nº 04)

 

Pessoal, veja nosso "BOLETIM ONLINE POLYSTELL"- NÚMERO 4- MAIO

Boa leitura!

______________________________

Engº Wildon Lopes

Diretor

wildon@polystell.com.br

wildon.lopes@uol.com.br

 

Celso Lopes

Polystell/Marketing

 

 

 

 

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Atualizado em 26/05/2011

domingo, 15 de maio de 2011

NO ENTORNO DO POEMA


NO ENTORNO DO POEMA

O mergulho fundo
está no submundo do corpo e da alma

o mergulho com velocidade
desvenda os buracos da cidade

Avisto-te liberdade
a extrair planos e segredos
dos arvoredos e sentimentos
da sabedoria e das verdades.

 nas minúsculas frestas de sol
guardo meus raros pensamentos...

O poema nasce das partículas de luz
 espalha-se mundo afora
pelas ruas inseguras
visita lugares que não conhecemos
relembra de sonhos que não sonhamos.


As raízes do poema
misturam-se nas brasas da força de cada nome
adquire a tangência do delírio das marés
do silêncio das pedras
do arrepio dos pés
Descalços
decifram passos incompletos que nunca andei
Denunciam minha ignorância que jamais saberei,
ao redor dos meus caminhos, erros e revés.

Não há poder que destrua o brilho da inatingível contraluz.

Qual será a linguagem do pulsar
da loucura da energia das estrelas?

O encanto de compreender o mecanismo da vida
 de arrebatar cotovelos
e desfraldar novelos
e escrever o despertar de uma poesia
é a pura loucura que jamais a escreveremos...

Agora o poema já nasce do inconsciente
e não haverá poder que o destrua.



O verbo habita a engrenagem do mundo
e a linguagem louca dos diamantes
reflete a alma e o seu fundo.

O cheiro do tabaco lapidado
o abismo das vértebras das palavras
constroem o mapa completo da minha fantasia.

  Temas de cidades fantasmas
contemplam minhas idéias
e o mistério do velho templo
reinventa a magia.

O enigma dos elementos
o aroma e o gosto da própria carne
o tempo e seus limites
decifram a semântica e o lirismo de cada tema.

A essência de uma pintura
colore as asas da velocidade do mundo.
Uma gota d’água,
o segredo de tudo e do nada
movimenta o inverso de um universo sombrio.

Qual será o significado dos sonhos
da morte nos precipícios
e das constelações e seus emblemas?

As paisagens mais belas que persigo
o raio do sol que atravessa,
o contrário do profundo escuro do perigo,
a pirâmide e a pedra celeste,
as ondas arrebentando-se nas praias...

Tudo, tudo, tudo, tudo,
gira infinitamente
no entorno do poema.

Palavras quebram o silêncio que arrepia,
o vento dorme nas montanhas
no sossego do raiar do novo dia.
Toda a harmonia do tempo
está aí completa
a nos iluminar.
O poder está no plural das palavras do mestre,
no limiar do significado das coisas,
e para decifrá-lo
basta procurá-lo vivo ou morto, sem hesitar.


Só o perfume das rosas
resiste ao tempo dos meus sentimentos...

Dentro de mim,
uma sucessão de pontos impossíveis
formam códigos, mágicos escritos,
ondas que aceleram meus fragmentos
decréscimos de minutos
que lapidam as formulas dos meus pensamentos.

Não importa se o planeta e os homens,
os erros, a raiva e a verdade,
estarão aos poucos desaparecendo,
importa sim, o novo amanhã que já está nascendo...

O poema emite um grito para o universo
e as escórias de hoje não o escutam,
não se amam
nem lamentam.

Só o poema está no centro de tudo
no centro do arco
no centro do palco
no coreto da vida.

inteligente escadaria para o futuro
flechada certeira repleta de respostas.

Só o poema
em seu estado gasoso
evapora a intolerância
gira no entorno da geometria
viaja no tempo da sabedoria
e alimenta a alma ao redor da poesia.



Wildon-15/05/2011







sábado, 14 de maio de 2011

POEMA DE ALCOVA


ALCOVA

Todos os barcos dirigem-se aos horizontes capazes de revelar sonhos à razão dos nossos sonhos de infância, adolescência, juventude e contemporaneidade. A razão abraça-se nessa barca imunda chamada civilização e inunda-se em fantasias teatrais afundando-se em fases durante a nossa vida de adulto, até que envelhecemos e descobrimos não saber exatamente qual é o real caminho da felicidade. Até quando a poesia começa adentrar-nos a alma e ninar nossos pensamentos, até que a gente em prosa comece a vencer obstáculos e tomar consciência da força adquirida interiormente. Até que a gente descanse, dormente, em paz. Tudo passa pela nossa cabeça, parto, germem, feto, suicídio, ficção, beleza, sexo, a vida de papo-pro-ar. Tudo passa na nossa cabeça, o sonho de cantar, a capacidade de realizar, a morte, o penar, a transgressão trágica da traição e das invenções das cartomantes. Penso, logo... escrevo!
Respeito profundo ao fundo da alma e às tentações do corpo. Respeito ao que restou do caráter do homem...
Respeito e comemoração ao novo dia que está para vir, quando as palavras completarão meus sonhos e o amor vencerá, emocionado, ovacionado, hipnotizado, e as rimas se farão mais belas, complementando a incrível e mágica poesia da minha vida.
Tudo de tudo se transformará em transparência de valores, nada de nada nos fará desistir, insistiremos apenas, nas cores amenas, nas caras humanas... no feriado da morte.
O filme da nossa vida estará gravado em disquete, seja uníssono som de trombone, bofete, crianças chorando, carnaval, confete,muita alegria a contagiar nossas futuras lembranças. Chega de caça às bruxas, de briga de gato e rato, de zombarias de pé no sapato, de bicho papão.
O triste fim do pequeno aprendiz não está nas palavras do verso que refiz, não se conforta em filial ou matriz, não se esconde em conversas banais, nem decaptado em velhos carnavais, mas na hora certa, poemas sutis, respiro e nariz... teremos um final feliz.
Tudo se passa na nossa cabeça, o decoro da festa, a luta da infância, o belo o rico e a ganância, a noite a fresta da porta e o ar de arrogância. Tudo se passa na loucura do ócio, no labor do ofício, na desgraça do sócio... são os vermes do mundo entreolhando-se petrificados, desmascarados e hipócritas.
Vou seguindo esta trilha com sede de vitória, rumo ao absoluto sucesso pois não há tempo a perder, arreio o potro, cuspo no chão, sigo à terra prometida, sigo à morte: o mundo não muda em um amanhecer, somente muda de cor, cafajeste, agreste, folhas de cipreste, poeta inconteste. Tudo é chavão, entrada, tal chave em fechadura, enclaves, claves de sol, traves, gol... Não ficaremos mudos, escondidos, engavetados. Vamos respirar fundo! Vamos ser malcriados, abusados, malfadados versos saindo das entranhas das estruturas das ranhuras das nossas veias mais seguras e certas. Vamos soltar um grito de vulcões, de seres em decomposições, vamos respirar e manifestar nossas razões.
Vamos poeta, em busca da nossa verdadeira arte, subir no pedestal, no sino da catedral, etc e tal, ser o bom, o maioral, estar ciente do nosso poder de transformar cozinha em quintal, de escrever melhor que Antero de Quental, de sentir a luz no sepulcro da hora vital, ser capaz de soletrar nosso melhor poema no derradeiro momento final. Tudo depende do sentimento do perfume do incenso da flor da acácia da rosa ... do temporal.

AVIENLYW

POESIA-01-POEMA ESCULPIDO


POEMA ESCULPIDO

Esculpi o poema.
Esculpi-o
feito madeira,
de ponta em ponta.
Esculpi a vida
esculpi o mundo
fui estilhaçando lascas,
ferpas
e letrinhas minúsculas.
Esculpi-o em versos
sem rimas
ou patifarias.

Esculpi o poema,
esculpi a mim mesmo.
Tirei de mim
lascas
como se afinasse um tronco
como se aperfeiçoasse o ego
brilhando espasmos,
ilusão dos cegos,
esculpindo-o até a perfeição.

Esculpi as palavras
 extraídas da mais nobre das árvores,
 construí meu próprio violão.

Cantei uma só canção
muita emoção e muito detalhe
em busca "del gran finale".

Poesia!!!
__manchas de sangue no chão.

WILDON
17/03/2004